Projeto

Inscreva-se para
receber atualizações

Projeto

Search
Close
Sobre o Go On

Recursos de diagnóstico da espinha bífida: o papel do ultrassom

Artigo:
The Diagnostic Features of Spina Bifida:The Role of Ultrasound
Autor(es):

Beverly G. Coleman Jill E. Langer Steven C. Horii

  • maio - 2020

Dr. Fábio Batistuta de Mesquita

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email
compartilhe

O trabalho acima, a despeito da data de sua publicação, é um artigo de revisão que tem significado importante tanto pelo seu aspecto didático quanto pela sua aplicabilidade prática, inclusive tendo sido eleito pela revista “Fetal Diagnosis and Therapy” como destaque.

O diagnóstico de malformações maiores, sobretudo as malformações cirurgicamente tratáveis, têm sido realizados cada vez mais precocemente pela melhora dos equipamentos e sistematização na avaliação anatômica do feto. O diagnóstico precoce permite melhor estadiamento do defeito anatômico, o estudo genético do feto prévio à cirurgia, quando necessário, e uma intervenção mais precoce quando o defeito anatômico for passível de correção cirúrgica pré-natal.

Os defeitos do Tubo Neural, em particular a mielomeningocele (MMC) ou Espinha Bífida, tendem a ter um efeito devastador na vida do feto e da família. Tanto pelo seu caráter progressivo, pelas seu reflexo na autonomia da criança, quanto no desenvolvimento neuropsíquico e motor. Trabalhos mais recentes demonstram que o prognóstico neurológico da criança será tão melhor quanto mais precoce for feita a cirurgia pré-natal.

Este artigo enfatiza como utilizar a ultrassonografia na evolução dos pacientes com suspeita de MMC.

Através da ultrassonografia pode-se avaliar todo o Sistema Nervoso Central (SNC) do feto. Permite detectar precisamente o local da lesão, quais as partes envolvidas, se há acometimento ósseo e de partes moles, bem como classificar se a lesão é aberta ou fechada. Também permite detectar lesões associadas à MMC, como cifoses, escolioses, anomalias vertebrais e siringe cervical. A descrição e a quantificação de lesões intracranianas são fundamentais para a indicação de terapêutica pré-natal e para a determinação do prognóstico, portanto, o tamanho da ventriculomegalia cerebral, a presença de herniação do tronco cerebral, do cerebelo e de complicações imprevistas como hemorragias intracranianas devem ser investigadas. A observação do comprometimento motor, do nível funcional da lesão, as alterações musculoesqueléticas no feto, o movimento dos membros inferiores e o estado das articulações também podem nos indicar a gravidade do dano neurológico.

É essencial que em toda avaliação de primeiro e início de segundo trimestres sejam incluídas uma completa varredura nos planos sagital, axial e coronal em todo o SNC e coluna do feto.

Dr. Fábio Batistuta de Mesquita

Dr. Fábio Batistuta de Mesquita

Especialista em Ginecologia e Obstetrícia Habilitação em Ultrassonografia e Medicina Fetal pela Febrasgo Habilitação em Rastreamento Fetal de Primeiro e Segundo Trimestre pela Fetal Medicine Foundation – London
Link para artigo

Categorias
  • Cirurgia ginecológica
  • Coronavírus Covid-19
  • Endometriose
  • Ginecologia e Obstetrícia
  • Ginecologia e Obstetrícia Preventiva
  • Ginecologia Infanto Puberal
  • Ginecologia Intanto puberal
  • Gravidez de alto risco e urgências obstétricas
  • Gravidez de risco habitual e perinatologia
  • Mastologia
  • Medicina fetal
  • Oncologia ginecológica
  • Reprodução humana
  • Segurança materna e saúde neonatal
  • Sexualidade
  • Transtornos Psiquiátricos na Gestação
  • Uroginecologia e disfunções do Assoalho pélvico
  • Vacinação
Arquivos
Dr. Fábio Batistuta de Mesquita
Dr. Fábio Batistuta de Mesquita

Recursos de diagnóstico da espinha bífida: o papel do ultrassom

Artigo:

The Diagnostic Features of Spina Bifida:The Role of Ultrasound

Autor(es):
Beverly G. Coleman Jill E. Langer Steven C. Horii

O trabalho acima, a despeito da data de sua
publicação, é um artigo de revisão que tem significado importante tanto pelo
seu aspecto didático quanto pela sua aplicabilidade prática, inclusive tendo
sido eleito pela revista “Fetal Diagnosis and Therapy” como destaque.

O diagnóstico de malformações maiores,
sobretudo as malformações cirurgicamente tratáveis, têm sido realizados cada
vez mais precocemente pela melhora dos equipamentos e sistematização na
avaliação anatômica do feto. O diagnóstico precoce permite melhor estadiamento
do defeito anatômico, o estudo genético do feto prévio à cirurgia, quando
necessário, e uma intervenção mais precoce quando o defeito anatômico for
passível de correção cirúrgica pré-natal.

Os defeitos do Tubo Neural, em particular a
mielomeningocele (MMC) ou Espinha Bífida, tendem a ter um efeito devastador na
vida do feto e da família. Tanto pelo seu caráter progressivo, pelas seu
reflexo na autonomia da criança, quanto no desenvolvimento neuropsíquico e
motor. Trabalhos mais recentes demonstram que o prognóstico neurológico da
criança será tão melhor quanto mais precoce for feita a cirurgia pré-natal.

Este artigo enfatiza como utilizar a
ultrassonografia na evolução dos pacientes com suspeita de MMC.

Através da ultrassonografia pode-se avaliar
todo o Sistema Nervoso Central (SNC) do feto. Permite detectar precisamente o
local da lesão, quais as partes envolvidas, se há acometimento ósseo e de
partes moles, bem como classificar se a lesão é aberta ou fechada. Também permite
detectar lesões associadas à MMC, como cifoses, escolioses, anomalias
vertebrais e siringe cervical. A descrição e a quantificação de lesões
intracranianas são fundamentais para a indicação de terapêutica pré-natal e
para a determinação do prognóstico, portanto, o tamanho da ventriculomegalia
cerebral, a presença de herniação do tronco cerebral, do cerebelo e de complicações
imprevistas como hemorragias intracranianas devem ser investigadas. A
observação do comprometimento motor, do nível funcional da lesão, as alterações
musculoesqueléticas no feto, o movimento dos membros inferiores e o estado das
articulações também podem nos indicar a gravidade do dano neurológico.

É essencial que em toda avaliação de primeiro e
início de segundo trimestres sejam incluídas uma completa varredura nos planos
sagital, axial e coronal em todo o SNC e coluna do feto.

Share on whatsapp
Share on facebook
Share on linkedin
Share on twitter
Share on email
Dr. Fábio Batistuta de Mesquita

Dr. Fábio Batistuta de Mesquita

Especialista em Ginecologia e Obstetrícia Habilitação em Ultrassonografia e Medicina Fetal pela Febrasgo Habilitação em Rastreamento Fetal de Primeiro e Segundo Trimestre pela Fetal Medicine Foundation – London
Link para artigo
Categorias
  • Cirurgia ginecológica
  • Coronavírus Covid-19
  • Endometriose
  • Ginecologia e Obstetrícia
  • Ginecologia e Obstetrícia Preventiva
  • Ginecologia Infanto Puberal
  • Ginecologia Intanto puberal
  • Gravidez de alto risco e urgências obstétricas
  • Gravidez de risco habitual e perinatologia
  • Mastologia
  • Medicina fetal
  • Oncologia ginecológica
  • Reprodução humana
  • Segurança materna e saúde neonatal
  • Sexualidade
  • Transtornos Psiquiátricos na Gestação
  • Uroginecologia e disfunções do Assoalho pélvico
  • Vacinação
Arquivos
RELACIONADOS
RELACIONADOS
  • Vacinação ·
Dra. Priscilla Rossi Baleeiro Marcos
  • Dra. Priscilla Rossi Baleeiro Marcos·
Vacinação contra HPV: revisão compara diferentes esquemas
  • dezembro de 2019 ·
Atualmente há três vacinas disponíveis no mercado: bivalente, quadrivalente e nonavalente. Em recente revisão publicada pela Cochrane, é descrito um resumo dos resultados de 20…
  • Ginecologia Infanto Puberal ·
Dra. Cláudia Salomão
  • Dra. Cláudia Salomão·
Particularidades da Tríade da Mulher Atleta na Adolescência
  • dezembro de 2019 ·
O artigo em questão apresenta grande importância no que tange à revisão de conceitos e nomenclaturas, e à particularização da patologia na população adolescente. Inicialmente…
  • Oncologia ginecológica ·
Dra. Ana L R Valadares
  • Dra. Ana L R Valadares·
O efeito do laser vaginal em mulheres com histórico de câncer de mama
  • novembro de 2019 ·
O câncer de mama é o câncer mais comum em mulheres, tanto em países desenvolvidos quanto menos desenvolvidos, com incidência variando de 54,4 a 31,3…
All articles loaded
No more articles to load

receba por email

voltar ao topo

Expediente
O Go On é uma publicação da Sogimig © 2019 | Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução parcial ou integral do conteúdo, em meios eletrônicos ou impressos, sem a prévia autorização dos autores por escrito.

Editor
Delzio Bicalho

Editor clínico
Marco Melo

Desenvolvimento e Revisão
Árvore

sogimig.org.br/goon
sogimig@sogimig.org.br